Arquivo do mês: setembro 2010

Rafael Nadal conquista US Open e faz história no tênis

por Alexandre Feitosa

O campeão Rafael Nadal

Rafael Nadal se transformou no sétimo tenista da história a ganhar os quatro mais importantes torneios do mundo e completar o Grand Slam. Depois da paralisação, por causa da chuva, o espanhol venceu Novak Djokovic por 3 sets a 1 (6/4, 5/7, 6/4, 6/2).

A partida foi muito disputada, a mais complicada que o Nadal jogou no US Open. Ele não tinha perdido nenhum set antes da final. Além de ter perdido para o Djokovic no segundo set, o espanhol desperdiçou muitas oportunidades de quebrar o saque do sérvio. No ultimo set, a superioridade prevaleceu e Rafael Nadal venceu pela primeira vez o US Open da carreira. Aos 24 anos, o espanhol já conquistou cinco vezes o torneio de Roland Garros, duas Wimbledon e uma o aberto da Austrália.

Emídio Marques de Mesquita, instrutor de arbitragem da Fifa

Por Artur Capuani

Árbitro de futebol de 1968 até 1993, desde a Liga Municipal de Futebol de Jacareí, passando pela Liga Joseense de Futebol de São José dos Campos, federações paulista e goiana de futebol, até chegar à CBF, Conmebol e Fifa, Emídio é hoje um dos pilares da International Board, entidade que regulamenta as regras do futebol.

Anualmente, nas reuniões promovidas pelo órgão, Emídio se faz presente e dá o olhar sul-americano sobre as alterações das regras do jogo.

Confira agora o que disse o ex-árbitro sobre assuntos polêmicos como profissionalização da arbitragem, inclusão da tecnologia no futebol e os erros no Mundial da África do Sul.

Artur Capuani – Como se dá a relação entre a Fifa e a International Board, desde a sua criação?

Emídio Marques de Mesquita – A International Board foi criada antes da Fifa, há 124 anos, em uma taverna com representantes de Escócia, Inglaterra, Suécia e Países de Gales. Nesta reunião foi adotada a regra de Cambridge como um padrão internacional. Mais tarde, em 1913, nove anos após sua criação, a Fifa acabou entrando como quinto elemento deste sistema, que realizava apenas uma reunião anual, diferente das duas realizadas atualmente.

Nas reuniões ministradas em março, chamadas de Assembléias Gerais, são convocados quatro delegados de cada membro. Ou seja, 16 britânicos e mais quatro da Fifa.

Na verdade, a International Board não está registrada em nenhum cartório no mundo. Ela é apenas um estatuto.

Artur Capuani – Qual a sua opinião sobre a pressão pela introdução de inovações tecnológicas que venham a minimizar os erros de arbitragem?

Emídio Marques de Mesquita – Porque não se chegou uma conclusão até hoje, por exemplo, na introdução de um sistema que detecte a entrada da bola no gol? Por uma razão simples. No tênis a bola atinge uma superfície plana; no futebol, é vertical. Tentaram com o chip na bola, mas não foi suficiente. No Campeonato Mundial Sub-17, no Peru, houve uma tentativa frustrante deste sistema.

Artur Capuani- Mas por que se rejeita a utilização de um sistema de vídeo que venha a auxiliar o juiz?

Emídio Marques de Mesquita – Sobre a utilização de replays pela arbitragem, a International Board não aceita, pois não se pode utilizar este mecanismo em todos os jogos do mundo. Portanto, é uma proposta natimorta.

Artur Capuani – De que maneira o senhor avalia a participação dos árbitros durante a Copa do Mundo de 2010?

Emídio Marques de Mesquita – Tudo o que aconteceu serve como parâmetro de avaliação. Mas cabe uma pergunta mais genérica, a todos: por que os árbitros erram?

Dividimos a arbitragem em quatro pedestais: a parte técnica, a parte física, a parte administrativa e a parte psicológica. O maior problema que observamos durante o Mundial na África do Sul em termos de arbitragem foi na parte psicológica, na área do sentimento.

Fato novo é aquilo que aconteceu pela primeira vez e você não sabe como resolver. O grande problema dessa Copa: a bola entrou [jogo entre Inglaterra e Alemanha]. Todos estavam treinados para aquele momento, mas os dois responsáveis pelo lance não viram. O mesmo vale para o jogo entre Argentina e México.

Artur Capuani – Mesmo com toda a importância que tem futebol na atualidade, a arbitragem ainda não pode ser considerada como profissão, já que são necessárias atividades paralelas para garantir o sustento de um árbitro. Por que este panorama persiste?

Emídio Marques de Mesquita – Em 15 anos não se encontrou uma solução, por vários aspectos.

A legislação trabalhista na Argentina é diferente da encontrada no Brasil, que também é diferente da inglesa. E surge uma pergunta: quem é o patrão do árbitro?

A Fifa diz que apenas usa os árbitros das entidades associadas a ela. A CBF, por exemplo, diz que tem a relação anual dos árbitros, e usa os representantes das federações estaduais. Estas dizem que formam os árbitros, sendo intermediárias de um campeonato que ela organiza, com o administrador de um condomínio, que são os clubes.

Onde está o árbitro? O lado do qual ele veio não o aceita. Onde ele está, também não é aceito. Até agora não se encontrou uma resposta.

No momento em que o árbitro necessita receber pelo seu serviço, ele passa a ser um mediador e se importar apenas com a próxima escala.

Para ter independência, eu tinha de ter o meu ganha-pão, proveniente da engenharia e do corpo docente. Do contrário, seria um mero fabricador de resultados. Nunca me preocupei em agradar ninguém. E esse tipo de atitude me fez chegar aonde eu cheguei, sem hipocrisia, com o coração.

Trânsito livre na Av. Paulista

Devido ao feriado de 7 de Setembro, a Av. Paulista ficou com o trânsito livre.

Av. Paulista dia 7 de Setembro na hora do rush

Apesar do tempo ruim, o trânsito estava fluindo bem.

Av. Paulista sem trânsito ao anoitecer

Mozart e Debussy no repertório de SPCD

Por Maria Fernanda Giembinsky

A São Paulo Companhia de Dança participará pela segunda vez da Temporada de Dança do Teatro Alfa entre os dias 9 e 12 com duas remontagens inéditas: Sechs Tänze, do coreógrafo Jirí Kylián, composta por seis peças que dialogam entre si com o objetivo de criticar os valores à época da composição de Seis Danças Alemãs K 571 de Mozart, e Prélude à l´Aprés-midi d´un Faune, da coreógrafa canadense Marie Chouinard, uma nova versão da coreografia de Vaslav Nijinski de 1912, que baseou-se no poema sinfônico homônimo de Debussy. Além disso o espetáculo contará com a reapresentação de Theme and Variations, de George Balanchine.
Criada há apenas dois anos pela Secretaria de Estado da Cultura, a São Paulo Companhia de Dança já é uma das mais promissoras companhias da América Latina e promete dar o que falar em sua primeira turnê internacional agendada para 2011.

Serviço:

Data: de 9 a 12 de Setembro

Local: Teatro AlfaIngressos: a partir de R$ 40,00 (*Não recomendado para menores de 14 anos)

Mais informações:

Teatro Alfa:

Site – http://www.teatroalfa.com.br/default.asp

Bilheteria – tel (11) 5693 4000 ou 0300 789 3377

São Paulo Companhia de Dança:

Site – http://www.saopaulocompanhiadedanca.art.br/index.php

Brasil e China assinam acordo para monitorar mudanças climáticas

 Por Vitor Hugo

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) firmou, em Pequim, quatro acordos de cooperação com a China anteontem, propondo aprimorar as pesquisas de mudanças climáticas.

Foram assinados três acordos com diferentes institutos da Academia Chinesa de Ciências. Um com o Centro para a Observação da Terra e Terra Digital, outro com o Instituto de Pesquisa Aplicações do Sensoriamento Remoto e por último com o Centro para Ciência Espacial e Pesquisa Aplicada. Para completar os quatros acordos firmados, também foi assinado um planejamento ambiental junto com Administração Meteorológica da China.

Segundo o diretor da INPE, Gilberto Câmara, serão realizados projetos em ambos os países com potencial de cooperação, para ampliar e conhecer as mudanças na área de água , desertificação, regiões costeiras. Além disso, Gilberto afirma que o Brasil também será afetado por problemas climáticos e é necessário estar preparado cientificamente para essas transformações ambientais.

O primeiro encontro entre brasileiros e chineses dentro dessa nova fase acontecerá daqui a duas semanas, no Canadá, baseado no programa de monitoramento do processo de desertificação nos três países e na Austrália.

Dilma é acusada por Serra

Por: Vivian Ito

No dia 1º de setembro Dilma foi acusada de uso da máquina pública e abuso de poder político, a ação foi aberta no Tribunal Superior de Justiça (TSE) pela coligação “O Brasil Pode Mais” que apóia o PSDB. A punição seria baseada na lei complementar 64 de 1990, que trata de casos de inelegibilidade. O que desencadeou esta ação foi uma quebra de sigilo fiscal de cinco pessoas relacionadas ao candidato à presidência José Serra do PSDB, entre elas sua filha, Verônica Serra.

No dia seguinte, o ministro Aldir Passarinho, corregedor do TSE, declarou que o caso seria arquivado. O pedido de investigação da ocorrência e a punição de Dilma com a cassação de sua candidatura foram negados. Passarinho acredita que as provas apresentadas pela coligação eram inconsistentes e insuficientes para provar o envolvimento da campanha petista na situação.

Como se não bastasse uma nova quebra de sigilo ocorreu no dia 8 de setembro, mas dessa vez pela invasão de privacidade à vida do marido de Verônica. Segundo Serra, “a questão do meu genro é mais do que conseqüência clara do trabalho organizado, do trabalho de quadrilha. Eu sempre achei isso. Vão a pessoas próximas e vão à minha filha, que nunca teve nenhum envolvimento com política”. Segundo ele “No programa eleitoral, eu falo para a população brasileira, não falo para este indivíduo ou aquele.”

Com o decorrer das campanhas as acusações só aumentam, parece ser uma tradição nos períodos de grandes decisões eleitorais. Se perguntarmos à população o que sabem das campanhas que estão acontecendo, é mais provável que estes conheçam o que um candidato diz do outro, do que das próprias propostas apresentadas por cada um.

Quem tem medo da Ficha Limpa?

por Thiago Cara

Todos se lembram do tamanho da mobilização popular para que a Lei da Ficha Limpa fosse aprovada pelo Senado. Foram mais de 1,6 milhões de assinaturas respaldando o envio do projeto ao Congresso. Entretanto o tamanho frenesi que envolveu a questão acabou por deixar de lado algumas questões importantes sobre o texto que foi aprovado, como aberturas para manobras políticas de candidatos “ficha-suja”, ou até mesmo, quais condenações são válidas, ou não, dentro das interpretações da lei.

Paulo Maluf e Joaquim Roriz (leia mais aqui), dois grandes expoentes da política nacional, por exemplo, já tiveram suas candidaturas barradas inicialmente, com base na nova legislação. Maluf ainda pode recorrer a Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar reverter a decisão do Tribunal Regional de São Paulo. Roriz já recorreu à essa instância e também obteve negativa. Entretanto, ambos ainda podem levar seus casos ao Supremo Tribunal Federal, e até que sejam julgados, podem continuar as campanhas.

em alguns outros casos, como o de José Sarney Filho, conhecido como Zequinha Sarney, a legislação parece não ter o mesmo efeito. Apesar da Procuradoria Regional Eleitoral no Maranhão ter contestado a candidatura do político por propaganda irregular, o Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE Maranhão) decidiu manter o candidato, alegando que não poderia impedi-lo, pois fatos que antecipam à lei não podem servir de base para barrar candidaturas. Contradizendo o que já havia sido dito pelo TSE, que candidatos já condenados pelos tribunais antes da existência da Lei, também seriam inelegíveis.

Há ainda exemplos como o de Aldo dos Santos – vice do candidato ao governo de São Paulo, Paulo Búfalo -, que foi considerado “ficha-suja” por uso indevido de um veículo da prefeitura, quando vereador de São Bernardo do Campo. Na oportunidade, Aldo, ajudou moradores de rua doentes em um acampamento no ABC. O PSOL, partido de Aldo, já adiantou que vai manter a candidatura e recorrer da interpretação da justiça sobre o caso.Fica a dúvida, então, até que ponto a Lei da Ficha Limpa ajuda no processo democrático do país.

Por enquanto, é notória, assim como em outros encaminhamentos jurídicos no Brasil, que a lei está à serviço de interesses maiores. A legislação segue permitindo os “jeitinhos”, e fica realmente difícil de acreditar que seja possível uma punição séria para aqueles que podem pagar bons advogados ou têm proximidade com o poder.

Como salvar o mundo a partir de sua cozinha

Por Rafael Millán e  Márcio Murta.  

Foto: Matthias Weinberger (Creative Commons)

Enquanto os pólos estão derretendo, o que você está fazendo? Muitas maneiras para ajudar combater o aquecimento global são bem conhecidas: usar o transporte público em vez de veículo particular, reduzir o consumo de eletricidade ou reciclar o lixo. Poucas pessoas conhecem, entretanto, o impacto que a alimentação possui nas mudanças climáticas.  

A industria alimentícia é responsável por 18% de todo o gás estufa emitido ao redor do mundo. E se analisamos o percurso que a comida realiza até chegar aos nossos pratos, podemos perceber que esta estatística é plausível.  

Pensemos, por exemplo, em como é distribuído um pedaço de carne. A carne foi produzida em uma fazenda e trazida para uma rede de distribuição, o que emite CO2 indiretamente por conta do transporte. Antes de ser redistribuída para os super mercados, o que gerará mais CO2, a carne será embalada, e tal recipiente também foi transportado por veículos que emitem CO2 desde o início de sua produção.  

Além do mais, o gado que gerou a carne também precisou receber alimento, medicamento, além de outros materiais que, até chegarem ao seu destino final, também se envolvem em uma cadeira de emissão de poluentes. Isso, sem contar que as próprias vacas emitem cerca de 50 litros de metano por dia, gás que causa 18x mais efeito estufa que o própria CO2  

Quando cientes deste processo, muitas pessoa viram vegetarianas, mas existem soluções menos radicais para ajudar a diminuir a quantidade de gases emitidos pela industria alimentícia. Um modo é tentar adquirir alimentos cuja procedência é da região, o que invariavelmente necessita de menor transporte. Também é aconselhável evitar comprar alimentos que estão fora de temporada, porque estes são transportados por longas distâncias, emitindo mais CO2.  

Outra solução é consumir alimentos orgânicos, que são produzidos sem usar componentes sintéticos, como pesticidas e conservantes, que contaminam o ambiente durante o transporte e também quando seus resíduos são depositados na natureza, desequilibrando o ecossistema.  

Com um pouco de senso comum e reflexão na hora de escolher os ingredientes de sua alimentação, você pode, sem muito esforço, ajudar proteger o planeta do aquecimento global.

Ecobag: entenda como usá-la e preserve a saúde e o meio-ambiente

Por Luiza Ferrão e Thais Paiva

A ecobag surgiu como solução para substituir um dos grandes inimigos do meio ambiente: o saco plástico. Muita gente já aderiu à mania, mas outros ainda resistem à ideia, como a estudante de Artes Plásticas, Ana Paula César: “Não uso porque esqueço a bolsa dentro do armário, e uso os sacos plásticos do supermercado para jogar o lixo fora”.
Já Lara Tzanno, estilista, usa sempre, e trocou o lixo convencional por um de metal com balde de plástico interno. “É prático, não preciso trocar o saquinho o tempo todo, e lavo a parte interna frequentemente” conta.

Mas pouca gente sabe que se a ecobag não for higienizada com frequência, pode se tornar foco de bactérias como a E.coli e a salmonella, que contaminam os alimentos e podem causar a morte.
Por isso, lavar a bolsa é importantíssimo, principalmente num país tropical como o Brasil, onde o clima é propício para a proliferação rápida das bactérias. Outra regra crucial é lembrar de usar bolsas diferentes para transportar alimentos crus de outros artigos de consumo, como produtos de limpeza.
Mas e na hora de despachar o lixo? Algumas empresas já estão produzindo sacos menos agressivos para o meio ambiente, que se decompõem com mais facilidade, os chamados oxi-biodegradáveis. E para não esquecer a ecobag dentro do armário como a Ana Paula vai a dica. Deixe sua ecobag no porta-malas do carro, ou então, dobrada dentro de sua bolsa. E para compras maiores, opte pelo carrinho de feira ou por uma caixa de papelão que o próprio supermercado poderá providenciar.
Leia mais sobre as ecobags e as sacolas oxi-biodegradáveis nos sites abaixo.

http://www.palaciodassacolas.com/sacolas-oxi-biodegradaveis.htm
http://www.sacsplast.libertar.org/

Brasil perde, mas volta de cabeça erguida

fonte: globoesporte

Por Victor Pozella

Assim como em 2002, em 2010,a  seleção masculina de Basquete foi eliminada nesta terça-feira para a seleção Argentina no Mundial de Basquete, disputado na Turquia.

Com uma campanha mediana, o Brasil chegou até as oitavas de final. Na fase de grupos, o Brasil se classificou em terceiro lugar, adiantando um confronto que poderia ser evitado. A equipe ganhou e perdeu três partidas no campeonato. O que chamou a atenção foi o desempenho dos brasileiros nas derrotas. Quando jogou contra a seleção norte-americana, o Brasil fez uma ótima partida mas não conseguiu sair com a vitória, o mesmo  aconteceu contra a atual campeã mundial, Argentina. Em jogo equilibrado, os brasileiros não conseguiram ter um bom desempenho no último quarto do jogo, perdendo assim a chance de continuar no mundial de Basquete.

Marcelinho Huertas foi o destaque da seleção na Turquia. Na partida decisiva o armador brasileiro fez 32 pontos.

Luis Scola, ala-pivô da Argentina, jogador da NBA, fez 38 pontos, e foi o diferencial da partida.  Com Rubén Magnano sob o comando, o Brasil volta para casa com um 9° lugar,  oito posições a frente do que no mundial de 2006 disputado no Japão, a seleção volta com o pensamento de que o trabalho está no caminho certo, e que as conquistas devem voltar a acontecer.